quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ex. 6 - Criação do Espaço Blog

Blog


Este espaço, criado virtualmente, não deixa de ser passível de ser analisado como um projeto.
É neste espaço que contemplamos os trabalhos realizados anteriormente.
É neste espaço que podemos olhar pra trás e perceber o quanto os projetos virtuais podem ser modificados, aperfeiçoados e melhorados.
Nós também não fugimos disso...
Basta perceber que, ao longo deste ano, mesmo os que entraram sabendo sobre programas de Modelagem tiveram sua própria forma de avaliação/olhar/crítica e, por que não, personalidade Modelados.
Tudo participou de um processo de aperfeiçoamento de nossas próprias ferramentas.
Do que temos, e do que poderemos ter em mãos.
Este ambiente blog, que não termina no final do semestre, que continua e que é possível ser modificado, aperfeiçoado, mantém a ideia de todos os exercícios propostos anteriormente.
Este ambiente, que pode ou não ter a ideia inicial modificada, tende a permanecer e trazer possíveis modificações aperfeiçodas e melhoradas.
É um processo natural de desenvolvimento de projetos.
É um processo natural no desenvolvimento de eternos estudantes.

Ex. 5 - Maquete

Maquete

O exercício da Maquete foi proposto com o intuito de utilizar o Exercício do Parque de um aluno da outra turma e estudá-lo, para então fazer os estudos através da maquete física.
Este exercício transformação do Virtual para o Real, parte da ideia anteriormente falada [e provocada pelos exercícios desenvolvidos em aula] da criação do olhar crítico, capaz de observar além de um projeto apresentado em um programa de Modelagem Virtual.

Portanto, os estudos analisados e os desenhos esboçados, foram apresentados em sala de aula e agora serão expostos para maior entendimento do exercício.

O parque escolhido tinha como elemento a seguinte projeção:






Através da participação em aula e da estruturação do objeto, decidiu-se então optar pela maquete de Estrutura da Figura Principal.
O conceito de estrutura na maquete física, aprofunda a ideia de "segurança" desde os objetos escolhidos para composição da maquete.

Os objetos escolhidos para formarem a estrutura foram:
*Papel Paraná
*Palito de Picolé
*Linha para reforço da colagem

A questão da linha, trás à tona o sentido de segurança e estabilidade, sem a qual esta maquete jamais poderia ter sido pensada em ser realizada desta forma, pois a maquete não aguentaria seu próprio peso.



Vejamos a esquematização da maquete:

Esta estrutura em forma de cone, é a peça chave (e matriz) para o restante da maquete.
Ela, por si só se sustenta.
A partir da união de 4 elementos (Aqui chamados "matriz independente"), unidos pelo eixo extremo, tem-se a maquete completa.

Veja a esquematização conceitual desta união:


Por ser uma matriz independente e auto-sustentável, o conceito da maquete retorna à ideia principal de servir como "Segurança".
Portanto, o conceito da maquete seguiu a lógica da utilização de seu formato.
A função segue a forma.
E a forma segue a função.

O exercício da maquete, parte do princípio do desenvolvimento crítico do aluno. É neste exercício que se percebe que um projeto visual/imaginário pode ser muito bem posto em programas virtuais, e que, no entanto, a realização deste projeto (ou a construção, propriamente dita) parte de um desenvolvimento de ações muito mais complexo.

O Museu adobe, que é um museu Virtual, que recebeu projetos e propostas de "espaço físico", no entanto, serve de exemplo como tais projetos que nunca foram colocados em prática.
No entanto, falha à comparação pela ideia de ter sido projetado unicamente para atender às necessidades virtuais. Mas é um exemplo passível de ser contemplado por ser um museu "verdadeiro" mas apenas virtual.

Criamos cidades em computadores.
E, se quiser, podemos ter o poder de criá-las fisicamente.
Basta se projetar com o intuito de torná-lo "fisicamente real".

Ex. 4 - Parque

Parque

Neste exercício, foi proposta a apresentação de dois parques conceitual e estruturalmente diferentes.

Vamos analisá-los separadamente.

Primeiro Parque: Parque-Museu


Desenvolvido com o tema: TEXTO, oferecido pelo professor, este parque possui um trajeto único, onde observador se direciona de acordo com o exercício anterior, proposto pela ideia de INÍCIO e FIM. Se analisar mais profundamente, a ideia de New Babilon está incorporada através do trajeto.
Que por onde os pedestres se movimentam, é quase um caminho alienado (e, portanto, não pensado) de se trafegar.

Seu início se dá com a primeira "estação" em que é posta ao observador. A imagem:


No quadro, uma imagem de pintura rupestre. Pintura esta, que não deixa de ser a primeira forma de escrita que se tem registro.

Por fim, o trajeto é delimitado por:


No quadro, uma borracha. Mas não uma borracha simples, uma borracha também digital. Uma borracha capaz de apagar tudo o que se tem de anterior à ela. (E também posterior, falando em conceitos digitais).

Esta analogia de complexo diferecial (ou seja, de início e fim extremos e diferentes) foi proposta pelo próprio exercício passado, de escalas.
Onde tinha-se um objeto leve, que foi hibridizado com o exercício passado.
O exercício 4 nada mais é que a aplicação de todos os conhecimentos adquiridos até então.
Mas este não é só seu desfecho.
Temos outro parque para analisar.

Segundo Parque: Parque-Aquático

Já este parque foi desenvolvido com a ideia de livre movimentação.
Ele foi realizado a partir da Hibridização (e esta aí o aproveitamento do conteúdo passado) e criação de um novo elemento Intermediário.

Veja a composição de todas as Hibridizações.



Composição das Hibridizações com vistas aproximadas (sequêncial)



Já a composição do parque, foi eleita a partir da escolha de alguns elementos hibridizados para ser ponto de observação, cabendo ao observador pular, ou não, alguns elementos postos à observação.

Veja as fotos do parque:






Ex. 3 - Hibridização

Hibridização

Neste exercício, a proposta de hibridização entre dois objetos foi escolhida a partir de uma série de diferenças entre os extremos (Início e Final).

Observe a diferença entre eles.





Agora, observe o processo de Hibridização do primeiro em relação ao último.











Este exercício 3 teve enfoque na formação do olhar construtivo, e resume-se à um aspecto que deverá acompanhar o Arquiteto durante toda a sua vida:
*O que ainda falta ser completado para este projeto chegar no seu final?
Neste exercício, a utilização de essências e características externas trazidas para um objeto oposto à ele transforma o olhar e aproveita os conhecimentos em modelagem, já aplicados há algum tempo por outros exercícios.

Ex. 2 - Escalas

Escalas


No exercício 2, a diferenciação da escala como parâmetro de comparação entre um mesmo sólido, resultou em três projeções de sólidos conceitualmente diferentes.



Neste primeiro, observa-se apenas uma pequena extensão das laterais do Objeto, anteriormente utilizado no exercício de Leve e Pesado.


Já esta modelagem, possui extremidades proeminentes e, portanto, maior escala.


Esta última, quase não pode ser comparada aos outros pelo seu tamanho. Este objeto, por ser de escala muito inferior às demais e ter uma espessura quase desprezível, foi colocado ironicamente no centro, com hastes de sustentação ligados aos dois extremos de escala (Isto é, os dois pesados)

O exercício dois demonstra a facilidade de manipulação de objetos construídos em programas digitais e enfatiza, portanto, a flexibilidade e efemeridade das construções virtuais, que podem ser, a qualquer momento, ajustadas e/ou modificadas.

Ex.1 - Leve e Pesado


Leve e Pesado


O primeiro exercício, desenvolvido no começo do ano, apresentou mais que uma forma de utilização dos conhecimentos apresentados aos alunos, este exercício foi a prática da aplicação do aprendizado oferecido.

Foi neste exercício, portanto, que desenhamos pelo Sketchup modelos de projeções leves e pesadas, que aparentemente parecem simples, mas aprofundando para um olhar crítico, percebemos o quão relativo este conceito pode ser.




Temos à mostra o sólido leve e pesado, respectivamente.

Numa primeira impressão, percebemos que o leve, é revestido com texturas translúcidas, o que o faz perceber que o seu interior é oco.



Ao seu contrário, portanto, o sólido pesado tem aparência maciça, e é coberto por estruturas ao seu exterior, novamente reforçando a ideia de uma aparência densa.


No entanto, se observarmos cortes realizados nas mesmas laterais de ambas projeções, observamos uma incrível semelhança.



Vejamos:



A semelhança da qual só se percebe, observando através de cortes, ou seja, "interiorizando-se" no ambiente criado, é o vazio.
Este vazio que, aparentemente estava apenas presente no objeto Leve, aparece também no Pesado, mostrando apenas a sua face oposta, coberta por estruturas que ostentam o seu peso exterior.
Essa ideia de ser apenas uma "casca" que serve de receptáculo para estruturas pesadas, faz perceber que o objeto torna-se leve, se retirado esses apetrechos que ficam em seu entorno.
No entanto, este ato de "adentrar" no ambiente imaginado, é possível em virtude de ferramentas disponíveis pelo programa utilizado, sem o qual, apenas olhar (de forma física) estas duas estruturas, dificilmente perceberíamos a semelhança entre ambas.

O exercício 1 mostrou, de maneira significante, a importância do olhar e de se entender os mecanismos construtivos, pois é a partir deste olhar crítico e questionador que se pode utilizar devidamente as ferramentas oferecidas em sala de aula.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Arquitetura Renascentista


Produzida durante o período artístico do Renascimento, que abarcou nos séculos XV e XVI, caracteriza-se por ser um momento de ruptura na História da Arquitetura, em especial com respeito ao estilo arquitetônico prévio: O Estilo Gótico; enquanto, pelo contrário, procura sua inspiração em uma interpretação própria da Arte Clássica, em particular em sua vertente arquitetônica, considerada momento perfeito das Belas Artes.

As inovações produzidas em diferentes esferas, tanto nos meios de produção (técnicas e materiais construtivos) como na linguagem arquitetônica, começaram a ficar em evidência e passaram a ter uma adequada e completa teoria e ação.

Outra das notas que caracteriza este movimento é a nova atitude do arquitetos, que passaram do anonimato do artesão, à uma nova concepção da profissão, marcando o estilo pessoal de cada artista. Isto é, a estrutura do Humanismo enraizava-se aos conceitos da sociedade daquela época.

Os aspectos abordados mais adiante relacionam-se à uma abordagem mais profunda sobre evidências, características e diálogos da Arquitetura nas Igrejas na época Renascentista.


*Profanismo e Religiosidade


“A arquitetura do Renascimento se baseia nos grandes estilos passados, em uma hierarquia de valores que culminam com os valores absolutos da arquitetura sagrada.”


O estilo da Igreja Renascentista tem um valor simbólico, ela expressa a ânsia de mudança que o Século e o estilo de vida das pessoas exigiam, ao mesmo tempo que a vontade de reaproveitamento dos elementos Clássicos e rebuscados.

O uso de abóbodas, o abandono das Igrejas em forma de cruz e a centralidade adotada na planta demonstram de forma efetiva demonstram o máximo expoente da arquitetura renascentista.

No entanto, novos questionamentos passaram a ser feitos e as características trazidas pareceram insatisfatórias: “Onde situar o altar?” Esta pergunta perdurou durante muito tempo até ser respondida, e com ela, foram trazendo novas respostas que passaram a ser vistas como verdades absolutas.

Alberti encontra em nove formas geométricas a base para as construções renascentistas, entre essas formas encontra-se: círculo, quadrado, hexágono, octágono, decágono e dodecágono. Alberti ainda explica em seu livro que estas figuras, tidas como base da Igreja, podem ser enriquecidas com capelas, e cria ainda uma forma de relação espacial e comparação de escala para esta construção.

O escritor ainda deixa explícito sobre as características de uma Igreja Ideal. Segundo ele, esta deve ser a maior construção da cidade, possuir o maior ornamento e sua beleza deve superar o inimaginável.



“Sem equilíbrio orgânico e geométrico a divindade não pode ser revelada.”


Nesta época conta-se, portanto, com uma receita de construção. Isto é, uma série de detalhamentos e recomendações de como fazer determinado edifício.

No entanto, uma não é apenas a proporção das capelas comparadas com a planta central, ela também tem um entorno, deve rebuscar uma bela praça, um sino que é quase obrigatório e estar enquadrada diante de uma infraestrutura aceitável. Não deixo de frisar aqui, a importância dada aos materiais utilizados que, em sua maioria, eram objetos preciosos e de valor.

Quanto à cúpula renascentista, deve-se saber que a magnitude da sua escala está relacionada com a vontade de fazer o observador se sentir elevado e, portanto, mais próximo de Deus.

Na maioria das vezes as Igrejas de plantas redondas são descritas como as mais perfeitas obras do Renascimento. Posteriormente, vê se as igrejas de planta retangular.

A grande ironia do Sagrado e Profano do renascimento emprega-se no sentido da Igreja Católica relutar contra os ideais humanistas e acumular dentro de seus territórios obras realizadas por homens de ideais racionalistas e tipicamente renascentista.

O Sagrado e o Profano dentro de um mesmo território. O que delimita a ambição do homem, nada mais é que a vontade dele próprio querer ele ser homem.

*O Homem e a Construção


“A música e a geometria são basicamente uma mesma coisa.”


A grande tacada de Leonardo Da Vinci ao demonstrar ao mundo as formas geométricas do homem vitruviano e trazê-las para a realidade e para a Arquitetura, foi uma explosão de informações trazidas para a sociedade, na época.

As dimensões, a perfeição e a harmonia do corpo humano foram provadas através de um Círculo e um Quadrado, rabiscado por muitos mas interpretado por poucos. Através desta materialização, o corpo humano passou a ser um emaranhado de figuras geométricas perfeitas prontas para influenciarem todo o conceito de nova visão desenvolvido até então.

Estes projetos trazidos de forma matemática e muito teórica se materializaram mais do que se pode pensar. Além das influências trazidas para a visão atual, a Igreja S. Maria Della Consolazione, que mais parece estar baseada nos desenhos de Da Vinci tem a qualidade peculiar e a estrutura geométrica como resultado evidente das tendências Renascentistas de Vitruvio.

Desvendando os segredos da Natureza e explorando as proporções humanas, esta figura é a expressão formal do símbolo da correspondência matemática entre o microcosmo e o macrocosmo. A melhor maneira de expressar a relação entre Deus e o Homem era, se não, construir a casa de Deus de acordo com a geometria fundamental do Quadrado e do Círculo. Isto é, do homem.